MP 959 deve entrar na pauta nos próximos dias. Entidades
pedem adiamento e a criação de agência que irá regular o cumprimento da Lei
A Câmara dos Deputados deve votar nos próximos dias a medida
provisória 959 que adia
a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados para 3 de maio de
2021.
Uma coalizão de 14 instituições do setor de Comunicação pede
o adiamento da vigência argumentando que a ausência
da Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais (ANPD), a agência que
vai regular o setor e o cumprimento da Lei Geral da Dados, traz insegurança
jurídica ao setor. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) falou sobre a
votação.
"Vamos votar [a MP 959] e queremos votar a PEC do senador
Eduardo Gomes que trata a questão dos dados como direito universal. É uma PEC
importante porque vai ter um impacto grande inclusive na decisão da própria
agência. Infelizmente a decisão do governo Temer, que eu só elogio, mas foi um
erro mandar a agência como de governo e não de Estado, foi um erro que teremos
que corrigir".
Maia defende que além de adiar é importante fazer um acordo
com o governo para o início do funcionamento da agência.
"Se a decisão é adiar precisamos fazer um acordo para
valer com o governo para saber qual é o momento que a agência vai começar a
funcionar. Não podemos continuar trabalhando. Mundo inteiro, União Europeia com
texto de proteção de dados que nós olharmos na legislatura passada, mas o não
início do funcionamento da agência também gera insegurança aqueles que olham o
Brasil para seus investimentos".
As entidades apoiam a Lei Geral de Dados, mas pedem urgência
na estruturação da agência porque precisam fazer investimentos para se adequar
às exigências da Lei.
Fonte: R7