O número de pensões atribuídas em abril subiu 25,8%, em abril.
É um sinal de aumento da capacidade de resposta da Segurança Social. Os
processos em análise há mais de 90 dias caíram 52,3%
O número de pedidos de pensão há mais de 90 dias em
análise caiu para menos de metade, em abril, face ao período
homólogo, avançou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana
Mendes Godinho, esta quarta-feira. Nesse mesmo mês, aumentou em 25,8% o
número de processos concluídos.
A governante esteve a responder às perguntas da Comissão de
Trabalho e da Segurança Social e, quando questionada pelo PSD pelos atrasos nas
pensões, avançou que se registou um “aumento da capacidade de resposta” com
mais 25,8% processos concluídos em abril e menos 52,3% processos em
instrução há mais de 90 dias. A ministra não adiantou, contudo, quantos pedidos
com mais de 90 dias ainda estão pendentes, nem o prazo médio de resposta.
“A tendência tem sido de ganho de produtividade por parte do
Centro Nacional de Pensões“, acrescentou o secretário de Estado da Segurança
Social, Gabriel Bastos. O responsável frisou ainda que 2020 deverá ser “um ano
de viragem” nesta matéria, também com os avanços na informatização e
automatização destes processos.
Os atrasos na atribuição de pensões pela Segurança Social
tem sido um dos principais motivos de queixa junto da Provedora
de Justiça e tem gerado fortes críticas ao Executivo. No início do
ano, Ana Mendes Godinho garantiu que a situação deverá ser regularizada ao
longo deste ano.
No último ano, o então ministro do Trabalho, Vieira da
Silva, já tinha adiantado que o compromisso do Executivo era, durante o
primeiro semestre de 2019, “reduzir substancialmente as pendências
para valores normais de tempos de espera“, isto é, os tais 90 dias. No
entanto, segundo Ana Mendes Godinho, em janeiro deste ano, o prazo médio
de deferimento das pensões de velhice ainda estava nos 139 dias, menos 27 dias
do que em 2018, mas ainda acima dos 90 dias referidos.
Fonte: Eco