No dia de abertura do XIII
Encontro Notarial e Registral do Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (17),
o presidente do Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil, Paulo Roberto
Gaiger Ferreira, visitou três dos maiores veículos de comunicação do sul do
país, em Porto Alegre. O objetivo foi divulgar o evento e os projetos em
desenvolvimento pelo colegiado, como a plataforma de modernização de atos
notariais e-notariado.
Entre as agendas, Ferreira foi
recebido pelo presidente da Rede Pampa, Alexandre Gadret. Filho da tabeliã de
Notas de Caraá, Sandra Maria Gadret, o empreendedor se mostrou receptivo às
pautas de interesse do segmento notarial e demonstrou apoio ao movimento pela
atualização da atividade através da digitalização de assinaturas. “Estaremos atentos
aos próximos passos da entidade”, afirmou.
O presidente do CNB/CF reiterou a
busca constante pela aprimoração dos serviços notariais para melhor atender à
população e advertiu sobre o número de fraudes que são detectadas e barradas
pelos tabeliães diariamente em serventias por todo o país. “A maior fraude
cometida no Brasil é de furto de identidade. Somente no meu tabelionato,
aparecem dois a três documentos falsos por dia. Então existem mudanças de
paradigmas que precisamos fazer”, disse.
“Nós entendemos que a
padronização é essencial para fazer a interface entre todos e com mais
segurança. O instrumento público é reconhecido pela população; você vê o
carimbo de um tabelião e tem certeza de que isso tem fé pública. Ao trabalhar
também com a tecnologia, nós queremos auxiliar o governo federal a coletar a
biometria porque a insegurança nos dias atuais é imensa”, destacou em
entrevista ao vivo para o Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, apresentado
pelos jornalistas Oziris Marins e Sérgio Stock. A
íntegra pode ser conferida aqui.
Fiscalização das identidades
individuais
A colaboração do notariado com o
poder público por maior fiscalização também foi destaque entre os assuntos
discutidos em entrevista à chefe de produção do jornal Correio do Povo, Mauren
Xavier, uma vez que o sistema que contém mais de 75 milhões documentos da
Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados (Censec) foi muito consultado
por 17 mil autoridades durante as primeiras fases da Operação Lava Jato, da
Polícia Federal e Ministério Público.
“Estamos buscando a
regulamentação legal para que a assinatura de documentos por meio digital para
todo o Brasil se torne uma realidade cada vez mais presente”, reiterou Paulo
Ferreira. A modernização dos serviços notariais é tema presente no XIII
Encontro Notarial e Registral do RS, que ocorre até este sábado (18), em
Restinga Sêca. No evento, os tabeliães de notas do sul poderão emitir
certificado digital e-notariado.
Texto e foto: Ascom CNB/CF