De acordo com Annalisa Dal Zotto, planejadora financeira e sócia
da empresa de investimento financeiro Par Mais, o testamento é uma das formas
mais eficientes de fazer um planejamento sucessório, justamente porque pode ser
realizado independente do volume de bens e da idade.
Diante do “mito” criado em cima do documento, a especialista
resolveu trazer algumas explicações para facilitar na hora de escrevê-lo.
Confira:
O que é?
É a última vontade de quem o escreve. No documento, a pessoa
registra como deve ser realizada a partilha dos bens, que deve ser seguida à
risca.
Segundo Zotto, fazer um testamento é bom porque pode evitar
possíveis desavenças e atritos familiares. Com a vontade claramente expressa, o
documento deve ser cumprido.
Como
fazer?
O primeiro passo é juntar e organizar documentos importantes e
necessários para a efetivação do testamento. Para isso, a planejadora indica
listar os bens que serão distribuídos e guardar os papéis de posse desses bens.
Depois de listado, é preciso escolher os beneficiários. 50% do
patrimônio necessariamente deve ser distribuído para os herdeiros necessários,
sendo eles os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. A outra metade pode ir
para diferentes beneficiários de acordo com a decisão da pessoa.
Zotto diz para se atentar à clareza das intenções. Isso evita
margem ou brechas de interpretação.
Tipos de
testamento
Existem três tipos de testamento que podem ser feitos: o
testamento público, o testamento cerrado e o testamento privado.
O testamento público deve ser escrito em um cartório por um
tabelião ou substituto. Assim que é escrito, as vontades do testador são lidas
em voz alta diante de duas testemunhas e assinadas. O testamento é aberto e de
conhecimento público.
O testamento cerrado é escrito pela própria pessoa que deseja deixar
por escrito a partilha de bens. Depois de elaborado, o documento é enviado para
o tabelião do cartório, que o reconhece. O papel deve ser mantido em segredo e
o seu conteúdo passa a ser conhecido por terceiros após a morte do testador.
Por fim, o testamento privado. Esse tipo de documento não envolve
funcionários do cartório. O testador escreve suas vontades e lê em voz alta
para pelo menos três testemunhas. Elas assinam e atestam a autenticidade da
decisão.
Fonte: Money Times