O presidente do CNB/RS, José
Flávio Bueno Fischer, falou na noite desta terça-feira (12.09), no painel
“Doação de órgãos e tecidos”, organizado pela Comissão de Direito à Saúde da
Seccional de Novo Hamburgo da Ordem dos Advogados do Brasil. Com o tema "Doação
de órgãos e o papel social do notário", Fischer falou sobre a Central
Notarial de Doação de Órgãos, criada para apoiar a Central de Transplantes do
Rio Grande do Sul e sensibilizar a comunidade gaúcha para a questão da doação
de órgãos. Fischer foi convidado como presidente do CNB/RS e como titular do 1º
Tabelionato de Notas e Protestos da cidade.
O presidente do CNB/RS também divulgou
a 2ª Jornada de Assessoramento Notarial, que será realizada em todo o Estado no
dia 30 de setembro. O painel da OAB/NH teve ainda como palestrantes a
jornalista, produtora e coordenadora do projeto Cultura Doadora da Fundação
Ecarta, Glaci Salusse Borges, e a médica intensivista Bárbara Fior,
coordenadora das Unidades de Terapia Intensiva do Complexo Hospitalar Unimed VS
e do Hospital Municipal de NH.
Glaci Salusse Borges fez um
relato sobre a necessidade de sensibilização da sociedade para a questão da
doação de órgãos, mostrando o trabalho que a Fundação Ecarta vem realizando
para conscientização. Já a médica Bárbara Fior mostrou o passo a passo da
doação, com todos os aspectos médicos legais que precisam ser cumpridos até que
uma doação seja efetivada. As duas palestrantes foram enfáticas em falar sobre
a falta de conhecimento como o fator preponderante para o alto índices de
negativas dos familiares diante da abordagem das equipes médicas. Hoje o RS tem
um índice de praticamente 50% de negativas, segundo a médica.
O tabelião José Flávio Bueno Fischer
apresentou a Central Notarial de Doação de Órgãos, criada pelo CNB/RS em março
de 2023 como forma de contribuir para aumentar o número de doadores de órgãos
no Estado. Na palestra, Fischer mostrou como qualquer cidadão gaúcho maior de
18 anos pode manifestar sua vontade de ser doador, através de escritura pública
feita em tabelionato, sem qualquer custo. Esta escritura é compartilhada com a
Central de Transplantes do Estado, única instituição que terá aceso a esta
informação. Assim, quando uma pessoa falece, os médicos podem consultar se é
doadora através do CPF. Este documento ainda não é o suficiente para que os
órgãos sejam doados, pois a família ainda precisa consentir. Mas os médicos
entendem que esta iniciativa da pessoa será um componente importante para a
tomada de decisão dos familiares.
Durante o evento, o 1º Tabelionato Fischer disponibilizou uma equipe para lavrar escrituras declaratórias de doação de órgãos. Foram lavrados 10 documentos no evento.
Fonte: Assessoria de Comunicação – CNB/RS